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. Caso universitário .

Ficar com um cara que mora na mesma república que eu não era assim tão legal, a gente acabava ficando todos os dias e eu acabava me achando no direito de fazer cobranças que não deveriam e exigir explicações que não foram combinadas. Eu acabava esquecendo que seria sem compromisso, nada de cobranças nada de explicações e nada de satisfações. Eu tinha que assistir calada ele levando outras meninas pra dormir lá depois da festa e quando acordava pra tomar banho a encontrava no banheiro escovando os dentes enquanto ele ainda estava na cama. Ela ia embora sem se despedir no momento em que eu estava fazendo o meu café da manhã aí ele vinha me abraçando por trás como se não tivesse acontecido nada, e ainda pegava a outra metade do meu misto quente, me dava um beijo no rosto e voltava a dormir. É mesmo engraçado como eu sobrevivia a isso, mas eu aceitava tudo numa boa ou pelo menos deveria afinal não nos prometemos nada. Ele me ligava do quarto pra não ter o trabalho de descer e eu como sempre subia e como sempre acabava cedendo. Não entendia a minha loucura. Uma garota que ele nem se lembra o nome acabara de sair dali e eu estava lá, deitada naquela mesma cama. Eu nem sei dizer o que eu sentia por ele pra aceitar passar por aquilo, mas chegou o dia em que eu pus fim àquela história, ou quase. Me mudei, fui morar sozinha, mas quem disse que isso adiantou? Ele continuou indo lá, continuava me tendo a hora que quisesse sem aviso prévio. Era só ele ir embora pra minha raiva de mim mesma aumentar. Raiva de mim e da minha fraqueza. E no dia que eu realmente quis, justamente no dia em que eu não iria me arrepender depois, ele foi lá em casa, mais uma vez eu cedi, e depois ouvi ele dizer: “Foi bom pra você? Porque... Foi a ultima vez. Eu...To namorando...”. Qual foi a minha reação? Levantar, abrir a porta e mandar ele embora claro! Mentira, foi perguntar porquê, porque ela e não eu. Qual foi a reação dele? Levantou me deu um beijo na testa, abriu a porta e antes de sair falou “Se cuida!”.exatos quatro meses e oito dias, ele não me procura. Eu continuo morando sozinha. Ele ainda está namorando e eu nem sei dizer se ainda estou mesmo vivendo.
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- Jenny Guimarães -

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